Navegar é preciso
Sempre me disseram que navegar era algo que você aprende com o tempo. Alguns já experientes me informaram que você pode encontrar muitos parceiros de navegação ou apenas ter um pelo resto de sua vida. É que é o seguinte, ninguém merece navegar neste oceano da vida sozinho.
Então, após algumas tempestades, ventos separando os rumos de cada pessoa, meu barco entrou em águas calmas por longos meses. É claro que no meio deste grande oceano em que vivemos alguns barcos apareceram, navegamos juntos por alguns dias, mas você sabe, “não sou eu, nem você, é o jeito que o mar está indo”.
Navegar é perigoso. Principalmente quando avistamos um barco aproximando, não se sabe se quem está pilotando sabe todas as manobras, ou se pelo menos vai saber esquivar e não destruir o seu barco. Sei de relatos. É preciso saber do vento, do mar, e principalmente a forma como você quer levar o seu barco neste oceano.
Cada pessoa tem a sua maneira de velejar. Por mais que você sinta proximidade com a maneira que alguém veleja, não existe alguém como você que toque o seu barco. Tem gente que prefere velejar com pessoas que comandam os dois barcos ao mesmo tempo, outras não conseguem nem explicar como é a forma que velejam. É difícil explicar algo que a gente nasce sabendo, ou descobre lá na adolescência. Existem estudos sobre isso.
Eles falam que o tempo nos ensina o saber navegar, a olhar direito a direção do vento, perceber qual é a maneira do outro de tocar o barco dele, mas não sei, cada um tem sua própria experiência, uns preferem navegar ao lado de mais barcos, outros preferem manter longas distâncias em um barco só.
Eu sinceramente não sei. Mas no momento eu estou muito feliz de ter encontrado alguém que me ajuda a velejar de uma forma segura e calma neste oceano incerto em que a gente vive.