aqui, eu escrevi um livro
Então, eu escrevi um livro. Sei lá se você acreditou nisso no auge dos seus dez anos de idade quando disse que um dia iria escrever um. Não, não foi sobre astronautas perdidos no espaço. Muito menos sobre um peixe roxo que vira humano, esta história inclusive tem uma animação incrível que você verá quando adulto.
Escrevi, depois de alguns meses estudando. Sim, estuda-se muito para escrever. As histórias ainda continuam aparecendo, não se preocupe, não é só uma fase para entreter sua cabeça quando está entediado. É claro que com o tempo imaginar uma luta contra um dragão não será tão comum, quando a gente cresce as histórias em nossas cabeças começam a ficar mais sérias. “O que esta recepcionista fará depois do trabalho?” “Quem são essas pessoas, mãe e filho? Se dão bem? Exames de rotina?”, você começa a gostar de histórias do cotidiano, sabe? É, eu sei. Mas é legal a fantasia também, você não deixa de gostar.
Sobre o que é o livro?
É sobre uma droga, que só existe no livro. Uma droga que faz a pessoa dormir e ter um sonho feliz, até que minutos depois de acordar ela morre. Morre feliz e dormindo. Então um monte de gente morre, começam a controlá-la e o governo inventa um sistema de computador que começa a escolher quem pode ou não pode morrer feliz. É, é de adulto. E no livro existem dois irmãos que não se gostam porque cada um tem uma opinião sobre esse governo. O homem trabalha usando o sistema e tem certeza que funciona, a irmã dele é totalmente contra e passa a vida inteira dela opondo, até que ela decide aplicar pra usar a droga.
Pois é, um novelão. Nós que escrevemos. Você e eu.